Direção: Oren Peli
Roteiro: Oren Peli
O mais novo fenômeno de bilheteria americano, custou cerca de 10 mil dólares (valor muito baixo até para os padrões brasileiros) e já arrecadou até agora surpreendentes 80 milhões de dólares, algo só comparável ao filme A Bruxa de Blair (1999) que custou 25 mil e fechou nos cinemas com 148 milhões. Além do orçamento, os filmes tem outros aspectos em comum, ambos são filmados com câmeras amadoras e no estilo Mockmentary (como são conhecidos os falsos documentários), os atores emprestam seus nomes verdadeiros aos personagens, além, é claro, a temática sobrenatural.
Na trama o casal Katie (Katie Featherston) e Micah (Micah Sloat), desconfiam que a casa em que vivem está mal assombrada, e decidem filmar o local enquanto dormem a procura de uma resposta para o fenômeno, em meio as estranhas atividades captadas, logo descobrem a possibilidade de um demônio estar perseguindo Katie.
Ainda comparando com A Bruxa de Blair (algo impossível de não ocorrer), pode-se dizer que como cinema de entretenimento, Atividade Paranormal é superior, pois enquanto aquele filme cometia o erro de não nos permitir em momento algum observar a "bruxa" (ou o que fosse que perseguia os amigos), nem mesmo ação alguma dela foi focada, o que fez com que muita gente saísse frustrada do cinema, neste, o diretor Oren Peli acerta ao mostrar através de sons de passos, portas se abrindo e cobertores sendo puxados, a presença cada vez mais intensa da entidade.
Outro trunfo, são os atores, o casal principal é verossímil e funciona perfeitamente em cena, em especial Katie Featherston que apesar de ser linda, foge completamente do padrão de beleza hollywoodiano que nos acostumamos a ver nesse tipo de filme (estou querendo dizer, mulheres magérrimas, de preferência loiras, seios fartos com enorme decote e pouca roupa).
Muito bem acabada, a montagem comete apenas alguns deslizes ao captar momentos que seriam impossíveis de estar sendo gravados (erro cometido também por filmes como Rec e Cloverfield, que também seguem a temática de falso documentário), se tais cenas fossem cortadas, o filme poderia até soar um pouco mais confuso, mas seria mais realista, o que leva a um outro problema, Oren Peli não consegue fugir de alguns dos clichês mais irritantes do gênero, como ao mostrar o casal investigando de onde estão vindo determinados sons apenas com a luz da câmera (porque não ligar as luzes da casa?) e também ao incluir aquela velha cena, onde um personagem leva um susto apenas para perceber segundos depois que este foi provocado por um animal inofensivo, mas esses contratempos não chegam a comprometer o resultado final.A trajetória do filme é bastante incomum, foi finalizado em 2007 e passou a ser exibido em festivais independentes pelos Estados Unidos tendo relativo sucesso, e quando o seu diretor achava que isso seria o máximo que o filme alcançaria, o filme foi descoberto e comprado por uma bagatela de 300 mil dólares pela Paramount e lançado no cinema com uma boa campanha de marketing viral pela internet (novamente, como em A Bruxa de Blair), Atividade Paranormal além de ser um bom suspense, é um tapa na cara dos estúdios de Hollywood que amargam a cada ano enormes fracassos ao investirem centenas de milhões de dólares em efeitos especiais ao invés de conteúdo.
Na trama o casal Katie (Katie Featherston) e Micah (Micah Sloat), desconfiam que a casa em que vivem está mal assombrada, e decidem filmar o local enquanto dormem a procura de uma resposta para o fenômeno, em meio as estranhas atividades captadas, logo descobrem a possibilidade de um demônio estar perseguindo Katie.
Ainda comparando com A Bruxa de Blair (algo impossível de não ocorrer), pode-se dizer que como cinema de entretenimento, Atividade Paranormal é superior, pois enquanto aquele filme cometia o erro de não nos permitir em momento algum observar a "bruxa" (ou o que fosse que perseguia os amigos), nem mesmo ação alguma dela foi focada, o que fez com que muita gente saísse frustrada do cinema, neste, o diretor Oren Peli acerta ao mostrar através de sons de passos, portas se abrindo e cobertores sendo puxados, a presença cada vez mais intensa da entidade.
Outro trunfo, são os atores, o casal principal é verossímil e funciona perfeitamente em cena, em especial Katie Featherston que apesar de ser linda, foge completamente do padrão de beleza hollywoodiano que nos acostumamos a ver nesse tipo de filme (estou querendo dizer, mulheres magérrimas, de preferência loiras, seios fartos com enorme decote e pouca roupa).
Muito bem acabada, a montagem comete apenas alguns deslizes ao captar momentos que seriam impossíveis de estar sendo gravados (erro cometido também por filmes como Rec e Cloverfield, que também seguem a temática de falso documentário), se tais cenas fossem cortadas, o filme poderia até soar um pouco mais confuso, mas seria mais realista, o que leva a um outro problema, Oren Peli não consegue fugir de alguns dos clichês mais irritantes do gênero, como ao mostrar o casal investigando de onde estão vindo determinados sons apenas com a luz da câmera (porque não ligar as luzes da casa?) e também ao incluir aquela velha cena, onde um personagem leva um susto apenas para perceber segundos depois que este foi provocado por um animal inofensivo, mas esses contratempos não chegam a comprometer o resultado final.A trajetória do filme é bastante incomum, foi finalizado em 2007 e passou a ser exibido em festivais independentes pelos Estados Unidos tendo relativo sucesso, e quando o seu diretor achava que isso seria o máximo que o filme alcançaria, o filme foi descoberto e comprado por uma bagatela de 300 mil dólares pela Paramount e lançado no cinema com uma boa campanha de marketing viral pela internet (novamente, como em A Bruxa de Blair), Atividade Paranormal além de ser um bom suspense, é um tapa na cara dos estúdios de Hollywood que amargam a cada ano enormes fracassos ao investirem centenas de milhões de dólares em efeitos especiais ao invés de conteúdo.
Muito bom amigo, isso mostra q vc é um verdadeiro cinemeiro e um ótimo comentarista de filmes tbém. Ouvi falar recentemente desse filme e estava até fazendo uma pesquisa pra uma futura postagem em meu blog qndo coincidentemente resolvi passar por aqui. Com certeza fiquei bem mais interessado em assistir esse filme agora. Grande abraço, Érico cinemeiro
ResponderExcluirVinicius,seguinte meu camarada,primeiro a rasgação de seda,brincadeira,teu blog é ótimo e não precisa disso e eu adoro cinema.Em relação a teu post não sou muito fã desse tipo de filme com o personagem filmando a ação.Assisti um clássico trash italiano chamado "Canibal Holocausto",também "A bruxa de Blair" e mais recente "Cloverfield".Não gostei de nenhum,mas vou continuar insistindo.
ResponderExcluirAh,não sou historiador não,apenas busco valorizar uma região que teve um dos passados mais ricos culturalmente do país e hoje é a mais pobre do RS.aBRÇ!
Fabio
http://oficinamissoes.blogspot.com/
Cara, sinceramente achei o filme horrível, fiquei até feliz em saber que o diretor não dava muito pra ele. Na verdade, fico muito decepcionado com o mercado que por interesse comercial coloca um filme absurdo desse no "grande circuito". Entretanto, o amor pelo cinema também deve vier de decepções, e "atividade paranormal" e "entre lençois" lideram disparados o rank de piores filmes que já vi... Valeu
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