Direção: Harald Zwart
Roteiro: Michael Soccio
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson.
Hollywood tem uma maneira peculiar de ver o mundo, por exemplo, quando resolveram produzir Memórias de uma Gueixa, lotaram o elenco com atores chineses para interpretar os japoneses, pois eles são mais conhecidos do público internacional, sem se dar conta da rivalidade histórica entre as duas nações, resultado que o filme teve uma estreia limitada no Japão e foi proibido na China, agora nessa refilmagem do sucesso dos anos 80, Hollywood leva a história para a China, e muda a arte marcial do Karatê para o Kung-Fu, mantendo o título original que acabou ficando totalmente nonsense, podiam ao menos ter aproveitado a fala do Sr. Miyagi no original, na qual ele explica que o Karatê surgiu na China ou trocado o título para Kung-Fu Kid.
Fora a confusão do título, o resultado do filme ficou acima da média, é difícil dar os créditos a nova produção, porque todas as virtudes da refilmagem já foram vistas no original, praticamente todas as sequências da versão de 1984 foram mantidas, mas felizmente o pouco que foi acrescentado ou alterado também funciona.
Para a nova geração que desconhece a história, Dre (O novo Daniel Larusso) muda para a China com a mãe e passa a ser perseguido por valentões da escola, é quando Sr. Han (O novo Miyagi) depois de inicialmente relutar, decide ensinar Kung-Fu a Dre para que ele possa participar de um torneio de artes marciais e enfrentar seus oponentes de maneira justa.
Sendo o grosso da história exatamente o mesmo, as únicas diferenças foram a transposição da história para a China (no original Daniel muda para a Califórnia), e a mudança etária do protagonista que antes tinha 16 e agora tem 12, algo que é justificável, pois, os interesses dos jovens mudaram bastante nos últimos 20 anos, e a história hoje, funciona mais para crianças do que para adolescentes, além disso, quem adorou o filme nos anos 80, provavelmente tem filhos na idade de Dre.
No demais, foi mantida a bela amizade entre o mestre e o aprendiz que é desenvolvida com o mesmo carinho, bem como as lições de superação, disciplina, paz e o fato de não serem os garotos rivais os malvados, e sim a influência do mestre deles. Esses detalhes podem parecer bobos, mais são muito bem-vindos à essa juventude pós-moderna carente desse tipo de lição, até mesmo a amizade entre uma criança e uma pessoa muita mais velha ganha contornos maiores diante do medo constante da pedofilia nesses tempos cínicos.
E falando nisso, o destaque do filme reside na química entre Jaden Smith e Jackie Chan, um tiro certeiro do produtor do filme (Will Smith, pai do protagonista), somente um astro de peso e com o carisma de Chan seria capaz de rivalizar com o saudoso Pat Morita e seu enterno Sr. Miyagi (a escolha de Chan foi o principal motivo da troca do karatê pelo kung-fu), e o ator faz um excelente trabalho, o drama nunca foi sua especialidade, mas ele consegue passar todo o peso da tragédia envolvendo o passado do personagem em seu olhar cansado, enquanto isso Jaden Smith volta a mostrar que tem futuro.
As sequências de treinamento com exceção do início com a jaqueta (que tenta repetir sem o mesmo brilho o enceramento e a pintura da casa do Sr. Myiagi) soam bem mais convincentes que na primeira versão, bem como o torneio de artes marciais, que apesar de também ser muito rápido, ao menos é mais empolgante, outro diferencial é a boa utilização dos belos cenários chineses.
Contando como maior ponto fraco, a metragem um pouco maior do que deveria, o filme diverte e emociona por entender e manter o conceito do original, num ano de "filmes pipoca" tão fracos, o sucesso de Karatê Kid foi merecido.
Fora a confusão do título, o resultado do filme ficou acima da média, é difícil dar os créditos a nova produção, porque todas as virtudes da refilmagem já foram vistas no original, praticamente todas as sequências da versão de 1984 foram mantidas, mas felizmente o pouco que foi acrescentado ou alterado também funciona.
Para a nova geração que desconhece a história, Dre (O novo Daniel Larusso) muda para a China com a mãe e passa a ser perseguido por valentões da escola, é quando Sr. Han (O novo Miyagi) depois de inicialmente relutar, decide ensinar Kung-Fu a Dre para que ele possa participar de um torneio de artes marciais e enfrentar seus oponentes de maneira justa.
Sendo o grosso da história exatamente o mesmo, as únicas diferenças foram a transposição da história para a China (no original Daniel muda para a Califórnia), e a mudança etária do protagonista que antes tinha 16 e agora tem 12, algo que é justificável, pois, os interesses dos jovens mudaram bastante nos últimos 20 anos, e a história hoje, funciona mais para crianças do que para adolescentes, além disso, quem adorou o filme nos anos 80, provavelmente tem filhos na idade de Dre.
No demais, foi mantida a bela amizade entre o mestre e o aprendiz que é desenvolvida com o mesmo carinho, bem como as lições de superação, disciplina, paz e o fato de não serem os garotos rivais os malvados, e sim a influência do mestre deles. Esses detalhes podem parecer bobos, mais são muito bem-vindos à essa juventude pós-moderna carente desse tipo de lição, até mesmo a amizade entre uma criança e uma pessoa muita mais velha ganha contornos maiores diante do medo constante da pedofilia nesses tempos cínicos.
E falando nisso, o destaque do filme reside na química entre Jaden Smith e Jackie Chan, um tiro certeiro do produtor do filme (Will Smith, pai do protagonista), somente um astro de peso e com o carisma de Chan seria capaz de rivalizar com o saudoso Pat Morita e seu enterno Sr. Miyagi (a escolha de Chan foi o principal motivo da troca do karatê pelo kung-fu), e o ator faz um excelente trabalho, o drama nunca foi sua especialidade, mas ele consegue passar todo o peso da tragédia envolvendo o passado do personagem em seu olhar cansado, enquanto isso Jaden Smith volta a mostrar que tem futuro.
As sequências de treinamento com exceção do início com a jaqueta (que tenta repetir sem o mesmo brilho o enceramento e a pintura da casa do Sr. Myiagi) soam bem mais convincentes que na primeira versão, bem como o torneio de artes marciais, que apesar de também ser muito rápido, ao menos é mais empolgante, outro diferencial é a boa utilização dos belos cenários chineses.
Contando como maior ponto fraco, a metragem um pouco maior do que deveria, o filme diverte e emociona por entender e manter o conceito do original, num ano de "filmes pipoca" tão fracos, o sucesso de Karatê Kid foi merecido.
E eu que apostava que este filme seria a grande bomba do ano...
ResponderExcluireu também, uma das grandes!
ResponderExcluirComo remake o filme é muito ruim sim. E eu discordo da sua avaliação. Eu acho que não funcionou nem um pouco e modificou toda a mensagem da história original, tentando se adaptar aos dias atuais o que não era necessário e ainda com o Will tentando empurrar o filho mimadinho dele para os outros engolirem. O filme é legal, mas não como um remake.
ResponderExcluirDefinitivamente, o filme queima-língua de 2010. Gostei muito. Abraço :)
ResponderExcluirconcordo totalmente com o Victor Reis. Acho que tem outros filmes que merecem mt mais.
ResponderExcluirSou contra remakes, principalmente quando se refilma algo que funcionava perfeitamente bem, mas já que Hollywood insistem em refilmar, agente tem achar alguma coisa, não citei na crítica, obviamente considero o original muito superior e não acho que a refilmagem não compreendeu o original!
ResponderExcluirJackie Chan estava maravilhoso. Como fã, fiquei muito orgulhosa de sua atuação. Me emocionou muito a química entre ele e Jaden Smith, que estava ótimo.
ResponderExcluirClaro que não dá pra comparar com o primeiro filme, da mesma forma que não dá pra colocar Jackie no mesmo patamar de Pat Morita... mas ele fez um bom trabalho. O filme ficou lindo.
JR Assunção. A grande revelação para mim foi sem dúvida o olhar de Jackie Chan que qjudou a convencer o fato de seu personagem ter tido uma fatalidade no passado e a voz tentando imitar o Pat Morita foi demais, para quem está acostumado a ver seu sorriso cativante em seus filmes de ação deve ter percebido esse diferencial em seu olhar pesado.E perceberam o caminhar cansado?
ResponderExcluirTenho 15 anos mas vi a versão antiga do filme..Quando me deparei com a china, e os alunos aprendendo kung-fu, pensei - WTF??Pq diabos kunf fu!?!?!?!
ResponderExcluirMas me "acostumei", e o filme é realmente belíssimo.
Vi o comentario sobreo nome.... acho q c o nome fosse "Kung Fu Kid" as pessoas (principalmente aki no brasil), iriao relamar "poxa a historia ta igual... pq então não colocarão karate kid", como o nme não fou esse a reclamação foi outra. O esperado! Mas achei q devia seguir o nome sim pq o filme foi uma bela homenagem.
ResponderExcluirFalando do atores e atuaçoes:
Qndo vi o cartaz e olhei a cara do "Jackie Chan", meu DEUS eu tremi de medo e disse: Isso vai ser uma merda vão acabar cm um classico!
Mordi a lingua! Serio... eu estava cm medo do "Chan" no filme, seus ultimos trabalhos ñ são o tipo de filme q fez ele subir a fama! São ruins... o melhor q ele fez foi "o reino proibido" mas isso foi pq todo mndo sempre qis ver "Jackie Chan e Jet Li" emuma "LUTA". Mas isso não veem ao caso! Eu adorei a tuaçao do Senhor Chan, ele consegui colocar um brilho no filme, sua atuação foi uma das melhores q eu já vi! Ele conseguiu me fazer acreditar no seu trabalho novamente. E o "Jaden Smith"... o tenho pra falar... realmente ele é um "Smith", eu recomendo muito bom o filme