Oscar: Comentários

E não é que o Oscar teve algumas poucas surpresas, apostando na diplomacia da premiação, eu esperava acertar tudo (ou quase tudo) e acabei errando 5 das 20 principais categorias, com uma média de acertos razoável de 75%.

Eu realmente acreditava na partilha de prêmios entre Avatar e Guerra ao Terror, mas logo no começo da noite, quando o filme de Bigelow levou Som e Edição de Som, percebi que a noite seria dela, pois se até os prêmios técnicos não estavam sendo divididos, o que dizer dos artísticos?
Além da supremacia de Guerra ao Terror perante Avatar, as maiores surpresas da noite foram para o filme estrangeiro, que não ficou com Haneke e o seu A Fita Branca, indo parar nas mãos do não menos brilhante argentino Juan José Campanella de O Segredo de seus Olhos (desde já minha prioridade para assistir nos próximos dias), melhor roteiro adaptado que foi para Preciosa, deixando Amor sem Escalas de mãos vazias, e em menor escala, melhor roteiro original que muitos acreditavam que ficaria nas mãos de Quentin Tarantino por Bastardos Inglórios (menos eu, que apostei em Guerra ao Terror mesmo).
As premiações de atores foram as mais óbvias, os coadjuvantes Christoph Waltz e principalmente Mo'Nique realmente mereceram os prêmios, mas entre os principais Jeff Bridges levou mais pelo conjunto da obra do quê pelo filme Coração Louco (gostaria que o Oscar fosse para Viggo Mortensen por A Estrada, mas ele sequer foi indicado), Sandra Bullock venceu pela necessidade de premiar a estrela do momento, ela está apenas correta em Um Sonho Possível, e provavelmente agora vai voltar a fazer as comédias românticas bobas que sempre fez, o Oscar deveria ser de Meryl Streep.

Apesar de ser uma das maiores certezas da noite, gostei muito da premiação de Kathryn Bigelow, apesar de não achar Guerra ao Terror o melhor filme do ano, o trabalho dela é de uma energia excepcional, e mesmo falando várias vezes sobre a diplomacia do Oscar, ela levou realmente porque mereceu, e não para aproveitar a data do Dia Internacional da Mulher como muitos dirão, outra vitória que me agradou foi de Michael Giacchino por "Up", o jovem compositor é o melhor da atualidade, basta ver o grande trabalho que ele faz em um curto espaço de tempo na série Lost (ele geralmente tem apenas um ou dois dias para compor a trilha dos episódios).
Para finalizar, dois erros da Academia, esqueceram de citar Farrah Fawcett e Bea Arthur no clipe In Memorian e o cilpe em homenagem aos filmes de horror, não teve o menor sentido de existir, ainda mais colocando o "romancezinho" de quinta, Crepúsculo (argh!), junto de clássicos como O Iluminado. Aparentemente, esse foi o propósito, agradar o público "teen" que acredita que a saga Crepúsculo é o acontecimento do século, mas se foi realmente isso, era melhor fazer uma homenagem aos caça-níqueis do que aos filmes de terror, não é mesmo?

Vamos a lista de vencedores, com as minhas apostas equivocadas:

Melhor Filme: Guerra ao Terror. (apostei em Avatar)

Melhor Diretor: Kathryn Bigelow.

Melhor Ator: Jeff Bridges.

Melhor ator coadjuvante: Christoph Waltz.

Melhor atriz: Sandra Bullock.

Melhor atriz coadjuvante: Mo’Nique.

Melhor animação: Up – Altas aventuras.

Melhor filme estrangeiro : O Segredo dos seus Olhos. (apostei em A Fita Branca)

Melhor direção de arte: Avatar.

Melhor cinematografia: Avatar.

Melhor figurino: The Yong Vitoria. (apostei em Coco antes de Chanel)

Melhor edição: Guerra ao Terror.

Melhor roteiro original: Guerra ao Terror.

Melhor roteiro adaptado: Preciosa. (apostei em Amor sem Escalas).

Melhor trilha sonora: Up – Altas aventuras.

Melhor maquiagem: Star Trek.

Melhor canção: “The weary kind” do filme Crazy heart.

Melhores efeitos visuais: Avatar.

Melhor som: Guerra ao Terror. (apostei em Avatar).

Melhor edição de som: Guerra ao Terror.

Melhor Documentário: The Cove.

Melhor Curta: The New Tenants

Melhor Curta - Animação: Logorama

Melhor Curta - Documentário: Music by Prudence

Update: Na foto abaixo vocês podem ver como James Cameron ficou feliz com a vitória da Ex-esposa: