Direção: Edgar Wright
Roteiro: Edgar Wright e Michael Bacall
Elenco: Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Ellen Wong, Kieran Culkin, Anna Kendrick, Chris Evans, Brandon Routh e Jason Schwartzman.
Em seu terceiro e mais ousado projeto, Edgar Wright deixa de ser apenas um diretor promissor para ser um dos melhores da nova geração, apresentando um ousado vanguardismo, a direção imprime um energia incrível para contar a história baseada nos quadrinhos de Bryan Lee O'Malley sobre um jovem baixista (Michael Cera) que para namorar a garota de seus sonhos terá que enfrentar seus 7 ex-namorados do mal, abusando da metalinguagem com telas divididas, legendas, brincadeiras visuais como no momento em que para demonstrar o espanto de um personagem sua boca é substituída por um "zero", ou ainda letreiros com onomatopéias que remetem diretamente a uma leitura de quadrinhos ou ao o universo dos videogames, o filme que ainda conta com um casting perfeito é inovador em todos os aspectos, talvez por isso tenha afastado o público dos cinemas americanos o que infelizmente prejudicou a estreia por aqui. Mas não tenho dúvidas que mais que um cult, o filme será reconhecido pela sua genialidade, é só uma questão de tempo.
Tropa de Elite 2, Iden, Brasil, 2010.
Direção: José Padilha
Roteiro: Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, Irandhir Santos, André Ramiro, Milhem Cortaz, Seu Jorge, André Mattos, Maria Ribeiro, Pedro Van Held, Sandro Rocha.
O filme imortaliza de vez o personagem Nascimento como, provavelmente, o maior ícone do cinema nacional, só ele já valeria o ingresso, mas Padilha e Mantovani não perdem a chance que tiveram em mãos de corajosamente escancarar o cerne do problema da violência no país (que aliás, é o mesmo de todos os nossos problemas), a corrupção. O roteiro tem um arco dramático mais amarrado que o primeiro filme (que tinha o problema da mudança de protagonista que deveria ser o Matias) e que ainda encontra tempo para alfinetar os que chamaram Tropa de Elite de uma produção fascista, homenagear Cidade de Deus e criar diálogos inspirados que novamente caíram na boca do povo (- quer me foder, me beija porra!), os reforços no elenco também não ficam a desejar, destaque para Irandhir Santos como o contraponto da personalidade do protagonista. Em fim, espero que não demore muito para Padilha anunciar uma terceira parte desta verdadeira franquia de alta qualidade brazuca, material é que não falta para isso.

Direção: José Padilha
Roteiro: Bráulio Mantovani
Elenco: Wagner Moura, Irandhir Santos, André Ramiro, Milhem Cortaz, Seu Jorge, André Mattos, Maria Ribeiro, Pedro Van Held, Sandro Rocha.
O filme imortaliza de vez o personagem Nascimento como, provavelmente, o maior ícone do cinema nacional, só ele já valeria o ingresso, mas Padilha e Mantovani não perdem a chance que tiveram em mãos de corajosamente escancarar o cerne do problema da violência no país (que aliás, é o mesmo de todos os nossos problemas), a corrupção. O roteiro tem um arco dramático mais amarrado que o primeiro filme (que tinha o problema da mudança de protagonista que deveria ser o Matias) e que ainda encontra tempo para alfinetar os que chamaram Tropa de Elite de uma produção fascista, homenagear Cidade de Deus e criar diálogos inspirados que novamente caíram na boca do povo (- quer me foder, me beija porra!), os reforços no elenco também não ficam a desejar, destaque para Irandhir Santos como o contraponto da personalidade do protagonista. Em fim, espero que não demore muito para Padilha anunciar uma terceira parte desta verdadeira franquia de alta qualidade brazuca, material é que não falta para isso.

Direção: David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker.
Roteiro: David Zucker, Jim Abrahams, Jerry Zucker, Martyn Burke.
Elenco: Val Kilmer, Peter Cushing, Lucy Gutteridge e Omar Sharif.
No auge da inventividade para cria gags visuais, a tríade do pastelão, fez essa que é uma de suas melhores comédias, repleta de momentos que além de hilários são curiosos do ponto de vista técnico por brincar com as próprias convenções do cinema, como no plano-sequência rodado totalmente de trás para frente ou no telefone em primeiro plano que depois se mostra imenso. As piadas e referências se mostram totalmente integradas a história, diferente das atuais comédias do gênero, inclusive as duas últimas partes de Todo mundo em Pânico dirigidas pelo próprio Zucker, que não passam de uma colagem de referências aleatórias de sucessos recentes quase sempre sem graça onde o público parece rir mais porque conseguiu reconhecer o filme na qual ela foi inspirada do que pela própria qualidade da piada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário